A LABRE é a casa do Radioamador!

A LABRE é a casa do Radioamador!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Como eu faço para me tornar um radioamador?

Para se tornar um radioamador você deverá primeiramente obter o seu COER - Certificado de Operador de Estação de Radioamador. Este certificado é expedido pela ANATEL mediante aprovação em testes de comprovação de capacidade operacional e técnica realizados por esta agência.

É um teste simples. É uma prova sobre Técnica e Ética operacional e Legislação de Telecomunicações. Você não paga para fazer a prova. Basta apenas marcar para fazê-la. Aqui no Espírito Santo você agenda a sua prova pelo telefone 40096700. Ou pela Internet pelo Portal da Anatel na aba Comunicações Via Radio - Radioamador - Sistema de Emissão de Certificado. Você pode também consultar a LABRE para verificar quando serão realizadas as provas.

Os Procedimentos para Obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador você pode obter aqui, no site da ANATEL.

Você pode adquirir apostilas sobre as matérias que caírão na prova junto à LABRE de seu Estado. Procure pela Diretoria Executiva.

Beleza! Passando pela prova você vai receber o COER. Vai pagar por ele. Você estará habilitado para operar qualquer estação de radioamador, desde que observadas as limitações de sua classe.

E a estação? Bom, prá isso você além de adquirir os equipamentos (transceptores, transmissores, receptores, antenas, fontes, cabos e cargas fantasmas) você deverá requerer a Licença para Funcionamento de Estação. Vai escolher um Indicativo de Chamada permitido de acordo com sua classe, seu estado e se ainda estiver vago. É momento de já ter idéia se sua estação será fixa ou se operará móvel ou os dois, por exemplo. Neste último caso deverá requerer duas licenças.

Você pagará algumas taxas como:TFI, PPDUR e PPDESS. Sua licença não sai sem você comprovar o pagamento destas taxas. Não são muito caras e valem cada centavo pela retribuição que está prestes a acontecer.

Você pode até escolher se vai receber em casa as suas Licenças. Verifique no site da Anatel se seu indicativo de chamada está inserido no Banco de Dados da Anatel para evitar qualquer constrangimento. Afinal os radioamadores só podem fazer comunicados com outros radioamadores licenciados. Verificamos esta situação na Consulta de Indicativos, no site da ANATEL.

Está tudo pronto! Coloque em prática tudo o que você aprendeu e viaje neste hobbye maravilhoso que te faz conhecer outras pessoas, costumes e culturas e aprimorar seu conhecimento técnico e científico.

Vai ser bacana encontrá-lo pelas frequências! Um grande abraço!

Renan de Almeida - PU1ARE
13/03/2009

O que é Radioamadorismo?

Para você que está querendo saber mais um pouco sobre este fascinante hobbye, desde os primórdios o homem se comunica e, ao longo dos séculos, a comunicação vem se diversificando sendo hoje algo indispensável já que as informações e o aprimoramento cultural vem por intermédio dos meios hoje utilizados.

Todavia, tudo começou quando o homem percebeu que de sua boca saía sons, vozes, e que poderia comunicar-se, o que acabou sendo uma verdade.

Nesse processo evolutivo os homens inventaram a escrita que por longos séculos foi o único meio para divulgar suas idéias, seus pensamentos e expressar a sua vontade, seu desejo e sua revolta. Falar a tantos ainda que dispersos por lugares distantes. O radioamadorismo nasceu junto com as primeiras experiências de emissão e recepção de rádio lá pelos idos de 1810. São protagonistas naquela época o padre gaúcho Landell de Moura e o italiano Guilhermino Marconi.

Pe. Landell foi o primeiro a transmitir e receber sinais de voz pelo rádio num evento em 1899 na Av. Paulista - SP. Com transmissores rudimentares (mas muito avançados para a época, tanto que vários encararam aquilo como bruxaria!) Landell conseguiu transmitir e receber sinais da voz humana por intermédio de equipamentos ligados a uma antena pela distância de alguns quilômetros. Marconi consegue no mesmo ano transmitir seus sinais de telegrafia.

Isto é importante pois firma posição de quem inventou o rádio foi um brasileiro, apesar da falta de apoio do governo de seu país em relação às patentes. Marconi voltou-se mais para o lado comercial. Montou um sistema de telegrafia sem fio.

Como não existiam fábricas de rádio, o radioamadorismo nasceu pelo prazer nas montagens dos equipamentos, as experiências e avanços tecnológicos surpreendentes para a época e levada a cabo por amadores, isto é, pessoas que se utilizavam da novidade para seu próprio interesse e diversão.

Ao longo do século XX o radioamadorismo viveu grande evolução técnica, possibilitando que se possa falar com pessoas em outros rincões da Terra, e tudo por conta de um simples equipamento de radiocomunicação.

No Brasil, desde a década de 30 o radioamador tem merecido especial atenção da sociedade. o radioamadorismo passou a diminuir as distâncias. Recados que demorariam dias ou até meses para chegar passaram a ser instantâneos. Isto revolucionou as comunicações e passou a ter uma finalidade social e coletiva importante como reportagens de acidentes, situações de perigo e calamidades públicas. Sem a facilidade do telefone, valendo-se de sua estação alimentada com baixa voltagem pode, utilizando antenas simples, solicitar o socorro para aquela comunidade. Esta habilidade conferiu ao radioamador a capacidade de fazer parte da reserva das forças armadas brasileiras.

Muitos têm sido os feitos daqueles abnegados que se dedicam ao radioamadorismo, aperfeiçoando técnicas e meios para fazer chegar bem longe a sua mensagem, alem de ser um hobbye que une famílias e faz existir uma grande confraternização.

Hoje, graças à evolução científica e técnica as estações dispõem de equipamentos simples, mas de grande capacidade, pois o que outrora era um feito artesanalmente é hoje, em verdade, industrializado. Simplificado, transistorizado, compacto, de baixo consumo e que já não são "causadores" das terríveis interferências nos demais meios de comunicação.

O Brasil tem hoje algo em torno de 35 mil radioamadores, sendo São Paulo o estado que tem o maior número, 11 mil, e aqui no Espírito Santo, segundo a ANATEL, órgão regulador, existem cerca de 500 permissionários.

Cláudio Soares de Almeida, PY4ESH

Renan de Almeida, PU1ARE

13/03/2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Aprovação do Novo Estatuto da LABRE-ES: O que esperar depois do caos?

Depois de algumas horas do fim da assembléia da labre onde aprovou-se o estatuto de nossa entidade em 08/03/09, depois de um bom banho, ter almoçado, voltado à calma, descansado... é que começo a perceber o quanto somos vitoriosos.

Os senhores podem até indagar... mas é a expressão mais correta para exprimir o sentimento que devemos sentir e refletir. Afinal, construímos o estatuto democraticamente com construções e contribuições aprovadas coletivamente. Algo estranho à nossa infeliz cultura de acatar às leis impostas, verticalizadas. Enfim, saímos da lógica da brincadeira do "Meu mestre mandou" para construir com nossas próprias mão algo verdadeiro e que podemos chamar de nosso. Afinal, nós inventamos as leis para as servimos ou as leis que devem atender aos anseios da sociedade?

Bom... então estamos construindo o novo. E não apenas copiando e colando. Suamos. Debatemos. Concordamos ou negamos. Um bom exemplo de como devemos seguir adiante não só em nossa instituição mas como nas outras esferas de nossa sociedade, como o condomínio, a associação de moradores, a igreja, o partido, o sindicato. A sua própria família: É participando que nos entendemos melhor e nos fazemos mais fortes.

É lógico, poderíamos ter suprimido a discussão para agilizar o processo. Seria satisfatório? Conseguiríamos sair dalí com o entendimento do todo? Com o entendimento de nosso papel em nossa instituição? Claro que se tivéssemos feito os nossos deveres de casa, isto é, ter lido exaustivamente (porque não?) a proposta de estatuto não poderíamos ter um debate mais qualificado e menos demorado?

Quem é responsável pelo radioamadorismo? A anatel? A LABRE? Quem está no dia a dia com a gente... batendo papo. Saindo prá pescar, brincando, consertando rádios bichados? Somos nós: os próprios radioamadores! Então nós somos os responsáveis finais e diretos pelo nosso hobbye. E, portanto, devemos nós mesmos nos organizar para gerir e manter nossa atividade dentro da civilidade, ou melhor, dentro dos padrões da ética e técnica operacionais. (sic)

Esta organização passa pela necessidade de lermos mais, estudarmos mais. Nos dedicar mais ao hobbye e não apenas usufruí-lo. Passa pela premissa de assumirmos nossas responsabilidades com nossa entidade como sócios, como Diretores, conselheiros, fiscais. Vestir a camisa de fato! Assumir as tarefas inerentes aos cargos assumidos...

Como diz o provérbio: Depois da tempestade vem a bonança. É hora de mobilização, esperança, execução das tarefas e reflexão. Afinal a prática de pensar coletivamente, de pensar pelo bem do grupo, às vezes até mesmo contrapondo suas opções e prioridades pessoais é algo difícil numa sociedade que te martela diariamente que você deve agir primeiro para você e depois, se der, olhar para os outros.

Força Radioamadores do Estado do Espírito Santo! Parabéns LABRE-ES!